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sábado, 25 de junho de 2011

SAO JOAO DE CAMPINA GRANDE E BOM VEJA A MATERIA

Família pega avião pela primeira vez para passar o São João na roça

Nordestinos, moradores do bairro de São Mateus, na Zona Leste de São Paulo, realizam o sonho de reencontrar a família e festejar o São João na Paraíba.

BEATRIZ CASTRO Campina Grande
Bairro de São Mateus, Zona Leste de São Paulo. Essa região concentra uma parte dos milhares de nordestinos que vivem na capital paulista. Foi lá que o Globo Repórter conheceu a família do encanador Solon dos Santos. Ele trocou o Sertão da Paraíba pelo sonho de melhorar de vida no Sudeste. O encanador revela qual foi o último São João que passou na Paraíba. “Tem uns 20 anos já," diz.
Para ser exato, 24 anos. Ou, como prefere Solon, 24 festas juninas que ele não passa na roça, no lugar onde nasceu. Ele revela que o lugar está sempre na sua memória. “Eu nunca esqueci, nunca esqueci. Minha mãe, agora em agosto, vai fazer 10 anos que faleceu. Nunca chegou um dia para eu esquecer. Hoje eu não lembrei da minha mãe, nunca”, afirma.

A dona de casa Risalva Alexandre, que também é paraibana da roça, não vê a hora de matar a saudade. Ela conta que o almoço será galinha caipira, mas quando chegar à Paraíba será outro. “Um bode para nós comer assado".
Família grande a do Solon. Mas nenhum dos seis filhos do casal conhece o autêntico São João do Nordeste. O encanador revela como é o São João em São Paulo. “É triste porque não tem fogueira, não tem o milho. Às vezes, aparece um milho assado, mas não tem doce, não é que nem o de lá que é tudo feito na hora ali".

Mas desta vez será diferente. Bem diferente. Solon, Risalva e os filhos vão realizar o sonho de passar o São João na Paraíba. E vão viajar de avião. “Eu e a minha família é a primeira vez", diz.
Ricardo dos Santos, conterrâneo e compadre do casal, é o único do grupo que já voou. Com o salário de porteiro de um prédio, no centro de São Paulo, comprou, com antecedência e na promoção, duas passagens: a dele e a de Vitória, a afilhada. Um presente para ajudar Solon.
“A ansiedade é grande. Para falar a verdade, estou só contando os dias e as horas que faltam”, afirma o porteiro.
Eles mal conseguem esperar. São anos de expectativa, duas semanas de arrumação, fazendo as malas. A kombi fretada chega carregada de bagagem e de alegria também. Reencontramos Solon, a mulher, os filhos, Ricardo, todo mundo, no aeroporto de São Paulo. “Rodoviária é uma bagunça total. Aqui não. Aqui é tudo tranquilo, tudo tranquilo", diz o encanador.
Deram sorte. Tarde da noite, o movimento no aeroporto é menor. Ficou fácil fazer o check in. Difícil mesmo foi comprar as passagens. O patrão deu uma força. E, mesmo assim, Solon gastou tudo o que tinha guardado. “Comprei tudo uma em cima da outra. Tudo à vista”.

Medo de avião? Que nada! Nem parece que é a primeira vez. As crianças pegaram no sono. E o encanador só pensa nas vantagens da troca: três dias de ônibus por três horas de voo.
“Daqui a duas horas nós estamos em João Pessoa, se deus quiser. Na estrada eu tinha saído 10 horas da manhã e só ia chegar lá na terça-feira. Muita gente nem acreditou que a gente ia de avião. Porque achava que eu não tinha coragem de chegar lá com a família de avião assim, mas nós estamos aqui, né?”, afirma.
A madrugada passou rápido para eles. Quando menos esperavam já estavam na esteira de desembarque. E quando o sol começou a clarear pegaram a estrada. Mais tempo que a viagem de avião eles vão levar para chegar a Taperoá.
Partindo de João Pessoa são 260 quilômetros, umas quatro horas de van. “Tem que estar aqui para sentir na pele o que é o verdadeiro São João aqui do Nordeste", declara o porteiro Ricardo dos Santos.
Ricardo fica, mas Solon segue com a mulher e os filhos. A viagem agora é uma aventura. Estrada de terra, cheia de pedras, riachos para atravessar. A paisagem reforça a alegria: milharal em ponto de colheita, açudes cheios. “Esse ano não vai faltar água pra ninguém, graças a deus", fala Solon. “É longe, muito longe. Aqui o povo não mora, se esconde", conta o porteiro aos risos.
O que não dá pra esconder é a emoção que aumenta a cada quilômetro. Solon fala como está o coração. “Está começando a disparar”.

E a casa da roça finalmente aparece. É a dos pais de Risalva, seu Manoel e dona Maria. Nesse momento, Risalva abraça a mãe e chora. “É choro de alegria”, diz Risalva. Esse São João vai ser diferente. “É porque estou vendo minha filha dentro de casa", diz.

Netos que os avós não conheciam, conversas sobre a vida em São Paulo, a vida na roça. E, também, sobre a mais recente façanha. Solon relata a viagem para dona Maria e conta que passou por cima das nuvens quando estava dentro do avião. O tio aposentado, José Alves dos Santos, conhecido como seu Zé, ficou admirado. “Eu não tenho coragem de viajar, não. De ônibus eu vou para todo canto, mas de avião, não”, revela o tio.

Tios, primos... Foram todos chegando. Solon explica o que sente quando está em Taperoá. “Para mim eu estou andando mais leve. Não estou tocando no chão de jeito nenhum. Esse São João para mim vai ficar na história, vai ficar na minha memória pra sempre", conclui.
Por mais simples que seja, o São João na roça é de mesa farta e casa cheia. E quando toda a família se reúne pra festejar não há saudade que resista.

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